segunda-feira, 15 de abril de 2013

Season Finale: Monday Mornings – 1ª Temporada

monday mornings

Acabou talvez a melhor estreia do ano. Na TNT foram 10 episódios da primeira série médica que eu assisto.

O que me convenceu a tentar eliminar esse bloqueio foi a assinatura da série: David E. Kelley. O mesmo de Harry’s Law, Boston Legal e outras.

Minha esperança agora era que de que na tv a cabo o criador encontrasse seu público sem pressões tão grandes, já que diversas séries assim alcançam sucesso.

Certamente estive enganado. A audiência foi baixa e a série corre altos riscos de cancelamento.

Eu pesquisei por aí e me surpreendi com o fato de que ninguém rejeita Monday Mornings, o que ocorre é a falta de conhecimento de muitos da sua existência. Será que a TNT falhou no marketing? Parece que sim.

Monday Mornings trata do hospital Chelsea General e é focado em duas vertentes da medicina: a neurocirurgia e a os tratamentos de trauma nas salas de emergência. O ponto principal é discutir a ética médica.

Sendo assim, o diretor do hospital, interpretado pelo excelente Alfred Molina, sempre convoca nas manhãs de segunda-feira todos os médicos para uma reunião em uma grande sala, onde aponta as falhas médicase éticas de seus profissionais.

Da medicina em si eu não entendo, mas em todos os episódios há algum procedimento raro, muito arriscado, para salvar a vida de alguém.

Quanto à ética, aí sim vem o valor de ter David E. Kelley por trás da série. Nuances e detalhes sempre acabam sendo relevantes para mostrar que muitas vezes, por mais que tenhamos boas intenções, podemos cruzar uma linha imperdoável e indelével.

Temas como eutanásia, preconceito, ego, transplantes, vícios, alimentação, responsabilidade civil do médico, comunicação e tecnologias são só alguns que apareceram, muitas vezes misturados, uma vez que essa foi uma das séries mais dinâmicas que eu já vi.

Claro que old habits die hard e fatalmente nós vimos tribunais e advogados interrogando testemunhas. Não tinha como fugir disso.

Não gostei do arco de história que tratava da Dra. Tina Ridgeway e do Dr. Tyler Wilson. Eu sempre gostei dessa atriz, que trabalhou muito bem em Close To Home, mas o casal oscilava entre uma médica insegura e inverossímil e um médico convencido e apático. Ele só teve destaque de verdade no piloto. Nem preciso dizer do absurdo que foi aquele episódio do processo que ele sofre do ex-marido dela pedindo reparação por ter causado o divórcio deles.

A minha preferida com certeza é a Dra. Napur. A baixinha invocada, falastrona e barraqueira, que não tem medo de enfrentar o chefe e defende suas opiniões com paixão e garra.

Só de discutirmos alguns temas explorados na série com alguns amigos depois, já a faz valer por trazer à tona assuntos complicados.

Já ouvi falar que alguns atores estão envolvidos em novos projetos e que a série só vai oficializar o cancelamento. Não necessariamente, já que o David E. Kelley troca boa parte do elenco das séries quando se mudam as temporadas.

De todo modo, aguardo que volte no ano que vem, mesmo que em mais uma temporada curtinha. Se não ocorrer isso, que venha a próxima série do mestre do debate ético.

FDL

1 comentários:

Unknown disse...

Infelizmente cancelada... Era uma versão melhor de outra série do próprio Kelley chamada Chicago Hope.