sábado, 26 de dezembro de 2015

A Peste – Albert Camus

a peste - camus“— Sabe o que devíamos fazer em prol da amizade?

— O que quiser — respondeu Rieux.

— Tomar um banho de mar. Mesmo para um futuro santo, é um prazer digno.

Rieux sorria.

— com nossos salvo-condutos, podemos ir até o cais.

Afinal, é bobagem viver só na peste. Na realidade, um homem deve lutar pelas vítimas. Mas, se deixa de gostar de todo o resto, de que serve lutar?

— Tem razão — disse Rieux. — Vamos.”

Albert Camus

 

 

Depois da curta, porém interessante experiência em ler O Estrangeiro, achei que mais um livro de Camus cairia bem. Não lembro direito, mas quando pesquisei vi em algum lugar que é a grande obra do autor: A Peste.

O livro retrata uma cidade que sofre com uma epidemia que leva à morte uma boa parte da sua população. Com isso, o local é sitiado e as relações interpessoais mudam.

Durante toda a obra há diversas digressões, sobretudo por Rieux, o médico do local e também narrador da história. A natureza humana é colocada em observação o tempo todo.

O que gosto mais é de ficar surpreso. Quando esperamos a selvageria, vemos na cidade surgir um forte espírito de cooperação e solidariedade. Diversos personagens, de diversos modos, refletem sobre seus passados no momento de xeque e redescobrem o sentido da vida. Alguns ainda recebem a chance de colocar isso em prática, outros não.

A obra é mais longa e O Estrangeiro e de leitura mais densa também. Por isso acabei lendo metade no começo do ano e só terminei agora no final. Mas vale a pena, porque são boas reflexões e personagens interessantes.

Valeu a pena a leitura.

FDL

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